Se depender do público, os videogames são, já há algum tempo, a ‘oitava arte’. Segundo análise da Superdata, apenas em 2019 a indústria global de jogos digitais movimentou nada menos que U$ 120 bilhões. E dados da DFC Intelligence apontam que nada menos de 40% da população mundial (sim, estamos falando de ‘apenas’ 3,1 bilhões de pessoas) jogam com frequência, seja em consoles específicos, computadores ou, principalmente, por meio de smartphones.
Em resumo, os games hoje são líderes do mercado planetário de entretenimento. E estes números impressionantes não mostram apenas meu erro no início deste texto (que oitava que nada, eles são a primeira arte), mas uma realidade que impacta também (ou será principalmente) a comunicação.
SOCIAL GAMING
Como aconteceu com muitas outras tendências neste período da pandemia, a evolução dos games para um novo formato de rede social deixou a coluna do ‘vem aí’ para engrossar a lista do que ‘já é’.
Recente pesquisa da Xbox aponta que tanto gamers como não-gamers estão buscando os jogos digitais para interação social. No Reino Unido, 61% dos adultos afirmaram que usaram os games para manter contato com amigos e familiares durante o período da pandemia. Um percentual ainda maior de entrevistados, 76%, consideram que jogar é uma boa forma de fazer e reforçar conexões. E nada menos que 91% planejam manter contato digital com terceiros no pós pandemia como forma de complementar os contatos pessoais.
GAME, O NOVO CANAL DIGITAL
Enquanto a indústria de tecnologia investe para ampliar as capacidades e ferramentas de interação entre os gamers, marcas começam a se movimentar para não perder a nova onda. Muitos analistas entendem que o universo do videogame apenas como jogo está com seus dias contados. O futuro aponta para ecossistemas de entretenimento temático e interativo onde a estrela será a interação social em tempo real. Quem já participou de um evento virtual do Roblox, com direito a show musical ao vivo, teve um pequeno vislumbre do que será o futuro das redes sociais (fora das redes).
De jogos personalizados à presença em plataformas de sucesso, quem precisa ser relevante deve começar agora a buscar e testar caminhos. Se, num primeiro momento, o objetivo é fincar bandeira e se fazer presente, o grande desafio para a comunicação dentro dos games é participar ativamente dos diálogos e ser relevante.
Para isso, é preciso conhecer em profundidade o que pensam e desejam os gamers quando estão em suas plataformas virtuais. E considerar também estratégias paralelas, como participação em eventos e parceria com influenciadores especializados. Mas, lembre-se, não se trata do amanhã. Interação social em games está acontecendo agora. E vai crescer.
GAMIFICANDO A CI
Outro impacto do crescimento dos games é nas estratégias de Comunicação Interna. Se hoje o uso de games como ferramenta de aprendizado corporativo ou incentivo de produtividade já é consolidado, seu uso como canal de CI ainda é pífio, se comparado ao seu potencial e efetividade.
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Elaborados para ativar respostas neurológicas e gerar emoções reais, os games têm um comprovado efeito de ajudar a tangibilizar e absorver conceitos subjetivos. Eles criam experiências, permitem que colaboradores vivenciem outros papéis e se coloquem no lugar de chefias ou subordinados, entre outras experiências. Assim, são imprescindíveis para organizações que precisam mudar comportamentos ou realizar alinhamentos de cultura interna.
Divertidos, intensos e efetivos. Com tantas vantagens, por que o uso da gameficação ainda é tão raro nas estratégias de CI? Talvez esteja no momento de mudar de nível. Quer saber como? Venha conversar com a gente.
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