6 dicas para construir um projeto que fale com seu público
Muito se fala em colocar o cliente em primeiro lugar. Diversas empresas construíram seu sucesso em cima da radicalização desta prática – ainda me surpreendo quando me oferecem uma bebida nova após eu, estabanado com PHD, esparramar mais um cappuccino no chão. Então, porque a maioria dos planejamentos estratégicos de comunicação ainda não coloca o cliente no centro de tudo? Sim, vamos falar sério, é isso mesmo que acontece. Até hoje, a grande maioria dos planos de PR focam no que a marca ou empresa querem comunicar. Mas se esquecem do cliente final, do consumidor, do cliente do nosso cliente.
Vamos economizar o seu tempo, leitor, e pular a parte em que tentaríamos entender as origens disto. Nossa visão é de que é impossível definir claramente as mensagens, tom de voz, estratégia e mesmo os canais e mídias a serem ativados sem conhecer o mais profundamente possível o público alvo de comunicação. Ponto. Isto posto, há seis pontos básicos para a construção de um planejamento de sucesso:
TrendHunting – é vital conhecer e antecipar as ondas de comportamento que vão influenciar o cliente final dentro do segmento analisado. Construir ações e narrativas que se alinhem a estas demandas. Praticar o storydoing. Além de fazer muito mais sentido para o consumidor, assim é possível potencializar o esforço da marca, que vai ‘surfar’ as tendências do mercado (o post ‘Manual prático para identificar a próxima onda’ detalha nossa visão sobre este ponto específico).
Autenticidade – outro erro comum é olhar apenas para fora. Sim, o cliente é o centro de tudo, mas não a qualquer preço. O caminho escolhido, incluindo aqui todos os detalhes de cada ação, devem estar totalmente alinhados com a marca. Lembre-se, não há espaço para enganar o público alvo ou fingir ser o que não se é.
DesignThinking – olhe a comunicação do ponto de vista do consumidor. O que ele espera? Quais as mensagens que podem fazer com que ele tome a atitude esperada? Que atitudes podem gerar uma experiência única e verdadeira?
Território – além de tudo, é preciso ser original. Para isto, identifique que iniciativas e conceitos os concorrentes já se apropriaram. E quais espaços seguem desocupados, esperando uma marca inovadora e ousada para assumir sua bandeira.
Inovação – este é o momento glamouroso. De criar o novo. Mas inovar é muito diferente de ser criativo. É preciso ir longe e quebrar as barreiras para buscar possibilidades. Juntar experiências diversas de outros setores e disciplinas. Mas o grande desafio é colocar as ideias de pé, mensurando seu real impacto e viabilidade.
Consistência – gerar um tiro único de grande retorno é uma das maiores armadilhas em que um comunicador pode cair. Grandes ideias devem fazer sentido dentro de um cenário maior, de uma narrativa contínua, onde o próximo passo (capítulo?) deve estar no horizonte, gerando uma constante no impacto e alcance no longo prazo.
Imagem de Chris & Karen Highland via Flickr
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