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Como desmontar a auto sabotagem da comunicação interna.

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Como desmontar a auto sabotagem da comunicação interna (e finalmente começar a usá-la para o engajamento)


Parabéns. Estamos vivendo um (falso) dilema. Enquanto estudos mostram a importância do engajamento do público interno para o sucesso das empresas, pesquisas indicam que os funcionários teimam em não se engajar. Isto apesar das diversas iniciativas práticas que as empresas têm tirado da cartola. Será que isto tem a ver com a comunicação? (Por favor, repita o tom mental de ironia do parabéns lá do começo do parágrafo.)


Comecemos, pois, com os fatos – infelizmente do mercado norte-americano, uma vez que não temos dados tão detalhados e abrangentes da situação brasileira e a qual não deve ser muito melhor. Segundo pesquisa do Gallup, as empresas dos EUA perdem entre 450 e 550 BILHÕES de dólares ao ano com a falta de engajamento dos funcionários (e o governo brasileiro penando para conseguir míseros 30 bilhões de reais para fechar o orçamento de 2016). Mas não precisamos fazer proselitismo.


Levantamento da TheEMPLOYEEapp aponta que nada menos que 71% dos empregadores pesquisados nos EUA estão conscientes da prioridade e possuem programas de engajamento dos colaboradores. São projetos modernos que combinam iniciativas tão variadas como treinamentos, políticas de portas abertas, flexibilização de horários e home office, entre outros. Mesmo assim, apenas 37% destes mesmos empregadores acreditam que estão conseguindo aumentar o engajamento interno.


E A COMUNICAÇÃO? – Assim como o engajamento em si, a comunicação (aparentemente) também foi bem comprada pelos gestores. A esmagadora maioria (91%) dos empregadores pesquisados concorda que a forma como uma empresa se comunica tem impacto direto no tão desejado engajamento. Aqui na Engaje!, claro, também pensamos assim (veja post anterior aqui no PR Hacks sobre o tema).


Ótimo. Então todos concordamos. Podemos ir para casa felizes, pois as empresas agora irão comunicar adequadamente e construir o engajamento, certo? Só que não.


Numa daquelas velhas e boas contradições inerentes ao Ser Humano (inclusive o homo corporativus), entre a prática (que está sendo realizada) e a efetividade (baixíssima) há oceanos de distância. E, para completar o momento auto sabotagem, um dos principais motivos está bem debaixo do nariz dos mesmíssimos gestores. É a forma que eles indicaram acertadamente como fundamental, que está obstruindo a comunicação.


Então vamos lá. A mesma pesquisa da TheEMPLOYEEapp aponta que o velho e surrado email é o veículo de comunicação digital regular para 98% das empresas, seguido pela ‘indefectível’ (estarei sendo irônico outra vez?) Intranet. Em pleno século XXI, marcado pelas mídias sociais acessadas por tablets e smartphones, somente 16% das empresas dos EUA pesquisadas contam com aplicativos para dispositivos móveis dedicados à comunicação interna.


E, se a forma está com este nível de defasagem, o que imaginar do conteúdo? Qual será o percentual do uso de vídeos, infográficos, games, storytelling, humor e emoção na comunicação interna hoje? (Se algum leitor tiver uma pesquisa com estes dados, compartilhe urgente, por favor).


DESIGNTHINKING – O ponto é óbvio: não adianta continuar fazendo comunicação interna burocrática e ‘by the book’, só para constar da prestação de contas, e esperar ter um resultado efetivo. Como no fenômeno das profecias auto realizáveis, tão caras aos psicólogos, melhor colocar a culpa no funcionário. Ah, esta nova geração, que não se compromete com nada…


A resposta para este falso dilema, esta auto sabotagem, passa pela tecnologia, claro, mas está alguns passos mais atrás. Este é um problema de design.


É preciso jogar no lixo todas as ferramentas e táticas que temos hoje e redesenhar novos canais e formas de se comunicar a partir do ponto de vista do público alvo. Utilizando ferramentas de designthinking, compreender em profundidade que tipo de conteúdo o funcionário precisa e/ou deseja, como ele usa e acessa estas informações, como ele pode se tornar um agente replicador junto aos seus colegas. Só a partir destas informações é que se pode começar a construir uma comunicação interna efetiva e com o poder de finalmente ajudar a engajar seus profissionais.

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