Digital PR 3.0: Data-Driven com foco em Generative Engine Optimization (GEO)
- engajesite
- 30 de set.
- 4 min de leitura
Partner and CEO at Engaje!Comunicação

Em um recente, longo e polêmico artigo no The New York Times, Thomas L Friedman comparou a Inteligência Artificial ao vapor, que, em tradução livre, “estará se infiltrando em todos os serviços, produtos e manufaturas” e dando origem ao que chamou de Era da Inteligência, uma terceira fase tecnológica na história mundial, precedida pela Era das Ferramentas e pela Era da Informação.
Pegando carona na analogia criada pelo premiado autor, de forma muito menos elegante eu diria que esse ‘vapor’ é o que está movendo, em velocidade ascendente, o setor de PR. Tão rapidamente que, em menos de uma década, o Digital PR já ganhou duas atualizações que alteraram profundamente (para melhor) seu desempenho. Em sua versão 3.0, a solução abrange um amplo leque de entregas, incluindo o GEO aí do título, que você já deve ter sacado que se refere à versão do SEO, mas para as tecnologias generativas de respostas para a Inteligência Artificial.
Mas acho que vale investirmos algum tempo analisando as ‘versões’ anteriores do Digital PR, uma vez que, pelo menos para mim, elas são cumulativas (os benefícios da 1.0 são mantidos e acrescidos de novos na 2.0 e assim por diante).
Digital PR 1.0: Ampliando Horizontes para focar no SEO
Pessoalmente, eu acho que a ficha demorou a cair. Mas foi (só) no final da década passada que o termo foi cunhado e suas técnicas consolidadas. O ponto de partida foi explorar a maior diversidade de títulos e formatos de mídias oferecidos pelo digital (até como contraponto à perda gradual de diversidade e alcance dos veículos tradicionais) e explorar a presença das marcas em perfis de terceiros nas redes sociais. Mas a revolução começou mesmo quando se descobriu a importância desta presença em sites de notícias para gerar backlinks de qualidade, melhorando o SEO da marca (falei com um pouco mais de profundidade sobre isso em meu artigo anterior).
O interessante do Digital PR 1.0 é que, apesar de ele demandar técnicas específicas para redação e organização dos conteúdos, seleção de temas e canais de mídias, não perdeu integralmente o potencial de construir reputação e awareness do PR tradicional. Inclusive, entendo que um Digital PR bem planejado não precisa abrir mão de formatos e ações do tradicional, que podem ser executadas paralelamente em muitas situações.
Digital PR 2.0: Agregando a racionalidade do conceito Data-Driven
Na versão 2.0, o Digital PR passou a ser planejado e executado pelo prisma do Business Intelligence. Com a enorme quantidade, variedade e qualidade dos dados disponibilizados por diversas ferramentas de análise de tráfego e engajamento na web, os profissionais do setor puderam desenvolver campanhas pensadas cirurgicamente para cada contexto ou objetivo.
Temas, abordagens e veículos passaram a ser orientados pelos dados. ‘Sacadas’ e ‘big-ideas’ agora são testados virtualmente antes de chegarem aos meios ou influenciadores. O famoso ‘achismo’, senhoras e senhores, finalmente se prepara para sair de cena, substituído pelo embasamento racional.
Esta abordagem, somada às técnicas do Digital PR 1.0, amplia também seu potencial para reforçar a presença das marcas nas ferramentas de busca. Alinhada com outras ações de marketing, pode ainda capitalizar seus resultados com a geração de leads (Inbound PR). Todo este ciclo se consolida com uma mensuração de resultados muito mais robusta e detalhada que, por sua vez, serve como uma das bases para o planejamento das novas ações.
Digital PR 3.0 (AI Oriented): o jogo agora se chama GEO e a mudança é em tempo real
Depois do gap temporal entre o PR tradicional e o Digital PR 1.0, agora a atualização ocorre em linha com as novas demandas. Voltando à analogia do vapor, um dos primeiros serviços nos quais a Inteligência Artificial se infiltrou foi a busca na web, mudando radicalmente sua forma de operar e sua interação com o usuário.
Agora, como você deve bem saber, serviços como o Google oferecem respostas compostas e contextualizadas geradas por AIs. A lista de links segue lá, mas menor e, por isso mesmo, mais concorrida. Outra novidade está no comportamento do usuário, que já passa a fazer pesquisas direto nas ferramentas de AIs, como o ChatGPT ou Claude.
Mas a principal inovação, do ponto de vista de quem busca exposição nas buscas, responde pela sigla GEO ou Generative Engine Optimization. Resumindo de forma muito superficial, é a versão do SEO para as AIs, com uma série de técnicas e parâmetros cujo objetivo é tornar o conteúdo de uma marca relevante e com maior potencial de visibilidade pelas buscas feitas por inteligência artificial.
E neste novo contexto, o PR (feito e planejado com esse objetivo) ganha ainda mais importância, uma vez que as AIs, preocupadas em oferecer dados e informações corretas, buscam fontes seguras e críveis, principalmente nos veículos de comunicação de alta credibilidade.
Isso alinhado à construção e manutenção de reputação de marca, especialmente nos ambientes digitais, é outra fonte importante para formar autoridade junto às AIs.
Em resumo, o Digital PR 3.0 surge como uma peça fundamental para o sucesso do negócio.
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