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O fim do PR. E Porque Isso Não Aconteceu

  • engajesite
  • 30 de set.
  • 5 min de leitura

Partner and CEO at Engaje!Comunicação


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Contrariando diversas previsões, o PR e a gestão de imagem estão em alta no Brasil e no mundo, na contramão das mídias tradicionais. Como explicar isso?


 Contra dados, já dizia o velho ditado, não há muito o que argumentar. Seja no Brasil, nos Estados Unidos ou até dentro de uma perspectiva global, o segmento de Relações Públicas (PR) segue crescendo.


Nos Estados Unidos, o mercado de serviços de relações públicas também demonstra uma tendência de crescimento robusto, com expectativa de que atinja US$ 22,37 bilhões até 2030, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 7,02% entre 2025 e 2030, segundo análise de mercado da Mordor Intelligence. Essa alta é ainda maior numa análise global. Segundo a Adroit Market Research, o mercado mundial de PR, que em 2011 foi avaliado em US$ 75 bilhões, deve alcançar cerca de US$ 211 bilhões até 2030, com uma taxa de crescimento CAGR anual prevista de 11,56% entre 2023 e 2033.


Já olhando de forma específica para nosso mercado, pesquisa "Radar Abracom 2024", da Associação Brasileira das Agências de Comunicação, revelou que 67,9% das agências apontaram crescimento do setor em 2024 com aumento de faturamento de até 15% para parte significativa das agências e aumento de cerca 5% no quadro de funcionários para metade delas. A mesma pesquisa, mas com foco em perspectivas para 2025, indica que 52% das empresas pretendem, este ano manter seu orçamento para comunicação corporativa, enquanto 38% pretendem aumentar seus investimentos no setor.

Este cenário é bastante diferente do que se vislumbrava para o setor no final da década passada. A aguda crise que a ascendência das redes sociais e do conteúdo digital deflagaram (em um ataque que ainda não acabou) sobre os veículos tradicionais de comunicação fez com que diversos analistas previssem o ‘fim do PR’. E razões não faltaram. 


Segundo a pesquisa "Retratos da Leitura no Brasil" de 2024, perdemos 6,7 milhões de leitores entre 2019 e 2024, atingindo, no ano passado, a triste marca de teremos mais "não leitores" do que "leitores". Causa ou consequência disto, o país perdeu 2.352 veículos de comunicação jornalística desde 2014 (dado do projeto Mais Pelo Jornalismo), com queda de mais de 50% na circulação de jornais impressos desde 2016 (IVC e Poder360). Um roteiro que se repete com uma ou outra diferença pontual, na maioria dos países do mundo afora.


Realmente parece fazer todo o sentido. Para um segmento que, por anos, teve na geração de notícias positivas sobre seus clientes na mídia seu foco principal, ver essa mesma mídia encolher e se tornar menos relevante é um decreto de obsolescência, certo? Pois é, parece que não.


 ESTE É O FIM DO PR COMO NÓS O CONHECEMOS


Definitivamente, o PR teve que se reinventar para não apenas evitar a crise, mas entrar em uma rota consistente de crescimento. Porém, essa virada de jogo tem outro importante e inesperado componente: o novo cenário da mídia e da tecnologia, que inicialmente parecia uma ameaça, acabou se mostrando um fator fundamental para consolidar a posição estratégica desta indústria.


O resultado da soma destes dois fatores, e suas diversas ramificações é que o PR NUNCA FOI TÃO RELEVANTE QUANTO HOJE. E isso mais que justifica o contínuo e ascendente investimento das empresas no setor. A seguir resumo alguns dos pontos que justificam a atualidade das relações públicas, adiantando que alguns deles serão aprofundados em futuros artigos.


Maior Demanda por Reputação e Autenticidade: Em um ambiente digital fragmentado, polarizado e no qual a verdade está sempre em cheque, a gestão da reputação e a comunicação autêntica se tornaram mais críticas do que nunca para as empresas. Como coloquei em um artigo anterior, o público valoriza marcas que comunicam de forma transparente e que se posicionam de maneira genuína. O trabalho de relações públicas é construir essa confiança.


Lei da Escassez: Como os economistas sempre nos lembram, quanto menor a oferta de um produto muito demandado, maior seu valor. A crise das mídias tradicionais não significa que elas perderam a importância, ao contrário, os veículos mais significativos e que conseguiram se manter relevantes se tornaram ‘selos de confiabilidade’ para um grande percentual do público (vide próximo ponto).


Risco das Fake News: Cada vez mais fáceis de serem criadas e divulgadas, as notícias falsas são um grande ponto de atenção para o mercado. E sua melhor prevenção e resposta estão nas relações públicas. Seja construindo reputação, seja atuando rapidamente no gerenciamento das crises ou mesmo gerando presença nas mídias tradicionais. Segundo a pesquisa Global “MARCO New Consumer Report 2024", 89% dos brasileiros consideram o jornalismo fundamental para combater as notícias falsas.

Melhoria do Posicionamento nas Buscas do Google (SEO): A presença em veículos de imprensa relevantes reflete na forma como o algoritmo do Google avalia a autoridade e credibilidade de uma marca. Além disso, em geral a citação de uma empresa em determinado contexto jornalístico amplia as buscas por seu nome, ampliando seu tráfego e refletindo na pontuação do site junto ao Google. Inclusive, o novo (e polêmico) modelo de respostas geradas por IA para as buscas também valoriza os conteúdos publicados pelos sites de veículos jornalísticos.


Diversificação e Proliferação de Canais: A redução dos veículos tradicionais veio acompanhada da proliferação de novos canais digitais. As redes sociais, blogs, podcasts e outras plataformas online criaram uma nova e vasta gama de mídias para os profissionais de relações públicas trabalharem. Isso ampliou o alcance das relações públicas, permitindo que as marcas interagissem diretamente com seus públicos em tempo real.


Consultoria Estratégica: Paralelamente a esse esforço de remodelar seus formatos e dinâmicas para um PR Digital, o segmento entendeu a importância de diversificar sua atuação na Comunicação Corporativa. As mais relevantes agregaram serviços de consultoria, atuando na construção e defesa de reputações, trabalhando a imagens de lideranças (thought leadership) e curadoria de conteúdos, parceiros e influenciadores digitais.


Conexão com Marketing de Influência: O crescimento das redes sociais impulsionou o marketing de influência, que se tornou uma área central para as relações públicas. Profissionais de RP agora trabalham com influenciadores digitais, que se tornaram importantes para a decisão de compra dos consumidores.

Em resumo, o PR emerge deste cenário de crise potencial não apenas revigorado. Ele ganha novas linhas de ação, maior peso estratégico e maior alinhamento com o negócio. Realmente, um novo tipo de serviço, mais abrangente e impactante. Neste sentido, talvez realmente as Relações Públicas como eram praticadas até o meio da década passada realmente morreram (ou no mínimo estão na UTI). Vida longa ao novo PR!


PS – Como de costume, aviso que este artigo contou com o suporte da ferramenta Gemini 2.5 de Inteligência Artificial do Google para pesquisas.

 
 
 

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