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IA vs. Homens na era do conteúdo Pós-Humano

  • engajesite
  • 30 de set.
  • 4 min de leitura

Podemos conciliar comunicação humanizada com poderosas ferramentas artificiais?


Partner and CEO at Engaje!Comunicação


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Como tratamos na semana passada, o público em geral e os consumidores de conteúdo digital em especial estão sedentos por humanização. Precocemente cansados ou apenas receosos, eles estão valorizando a autenticidade em detrimento das peças criadas por ferramentas de Inteligência Artificial, por mais perfeitas que estas últimas sejam. Será então que a captura da geração de conteúdo pelas IAs ‘flopou’? Calma lá com o andor...


Definitivamente ainda é muito cedo para bater o martelo decretando o fim ou a supremacia dessas ferramentas. Elas ainda estão em pleno desenvolvimento e seguramente irão nos surpreender com entregas e possibilidades que ainda não conseguimos imaginar. Por outro lado, a nossa relação com essas entregas ainda deverá passar por diversas fases.


Não é realista entender essa atual preferência por conteúdos humanizados como algo definitivo. Como a maior parte das tendências, deverá se enfraquecer com o tempo – mesmo que não consigamos definir quando ou o quanto.


Mas mesmo neste momento em que não é recomendável simplesmente ‘entregar’ a execução dos conteúdos à tecnologia, a inteligência artificial está revolucionando a área, potencializando a criatividade humana, reduzindo custos e tornando o processo mais rápido e eficiente.


Um bom exemplo prático é o do estúdio de filmes de animação Toonstar, que virou reportagem do The New York Times reproduzido pela Folha de S. Paulo. Segundo seus gestores, o uso de IA em todo o processo de produção permite economizar 90% dos custos em relação ao processo sem IA. O interessante, no caso da Toonstar, é a ‘parceria’ entre criadores humanos e as ferramentas. Por um lado, roteiros são construídos por escritores de carne e osso, mas se orientam por insights e análises de dados dos espectadores gerados por ferramentas de IA. Da mesma forma, ferramentas tecnológicas produzem diversas opções visuais para personagens e cenários, que são selecionadas e aperfeiçoadas pelos designers da empresa. 


O CHIP É O LIMITE


Esse modelo permite que a inteligência, digamos, natural, seja turbinada pela artificial, com potencial para resultados surpreendentes. Por um lado, é importante recordar que a Inteligência Artificial, ao contrário da humana, não pode criar a partir do zero.

 Mas, por outro, ela pode combinar elementos, referências, estilos e conceitos de maneiras que um Humano talvez não considerasse, numa velocidade e escala muito além da capacidade humana, explorando milhões de possibilidades em pouco tempo. Como resultado, podem surgir ideias totalmente originais, que nós humanos talvez não concebêssemos.


Essa velocidade para gerar combinações também pode ser aproveitada para a prototipagem ultrarrápida. Considerando um conceito, a inteligência artificial pode gerar inúmeras variações em poucos segundos, permitindo que criativos explorem um leque muito maior de possibilidades e testem ideias rapidamente.


Outra importante característica da IA na criação e produção de conteúdo é, como relatado no caso da Toonstar, seu potencial para coletar e analisar dados de mercado. Desta forma, pode identificar o que é popular, quais estilos ressoam com certos públicos ou mesmo prever a recepção de uma peça criativa.


Finalmente, considerando já a fase de execução, a tecnologia pode automatizar tarefas repetitivas ou complexas como edição de vídeo básica, remoção de ruídos em áudio ou a colorização de imagens, apenas para ficar em alguns exemplos, liberando o criativo para focar na visão artística.


ÉTICA, EQUILÍBRIO E PREDOMINÂNCIA HUMANA


Para este novo e excitante modelo funcionar, temos três posturas fundamentais. A primeira é a ética. Somente quando for claro para o público final que determinado conteúdo foi gerado ou contou com o uso de IA para sua elaboração poderemos eliminar sua principal barreira: a falta de credibilidade.


Se caminharmos para um cenário em que não possamos mais identificar o que é real do que é falso na comunicação, tudo será posto em xeque. E, me perdoem o catastrofismo, se tudo o que for comunicado for visto como potencialmente irreal, qual o sentido em comunicar? Este texto, por exemplo, uso o Gemini, do Google, para pesquisa e geração de insight. Partes dos textos gerados pelo Gemini foram reproduzidos aqui, mas não representam mais de 8% do conteúdo.


Com relação ao equilíbrio, ele é central para que este formato seja efetivo. O objetivo não é abandonar a IA, mas usá-la como uma ferramenta para potencializar a criatividade e a eficiência, liberando os humanos para se concentrarem no que fazem de melhor: criar conteúdo com alma, emoção e uma perspectiva genuinamente pessoal. A IA pode ajudar na pesquisa, na otimização, na tradução e na geração de rascunhos, mas o toque final, a curadoria e a essência autêntica devem vir do humano. Em resumo, a IA está elevando o patamar da produção de conteúdo, ao mesmo tempo em que reduz seu custo e ressalta o valor insubstituível da conexão humana.


Finalmente, a palavra final segue com o humano. Por maior que seja a velocidade e potencial inovador da IA, ela ainda se baseia em dados e conhecimento original gerados por humanos. E considerando que estamos gerando conteúdos para humanos, que buscam autenticidade e humanização, para mim parece totalmente claro que a palavra final segue conosco.

 
 
 

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