A Ford lançou seu relatório anual de tendências de consumo, com insights interessantes para quem trabalha com comunicação. Veja!
Seja para o bem ou para o mal, a tecnologia mudou o comportamento humano. E continua mudando a cada dispositivo ou aplicativo lançado. Pelo sétimo ano seguido, a Ford investiga essas nuances em seu relatório “Looking Further with Ford”, que leva em consideração dados da internet e insights de pesquisas feitas com mais de 13 mil consumidores de 14 países.
Conheça abaixo cinco tendências apontadas pelo documento:
1) Detox digital
Levanta a mão quem nunca se preocupou com quanto tempo passa no celular, no computador ou na TV? Para a Ford, o sobreuso dos dispositivos eletrônicos levará em 2019 a um movimento contrário, o de aproveitar melhor a vida offline. Tanto que 45% dos entrevistados disseram invejar pessoas que conseguem desconectar.
69% dos entrevistados concordaram com a afirmação de que “deveríamos ter intervalos obrigatórios longe dos dispositivos digitais”, e 76% reconhecem que deveriam fazer mais em nome do próprio bem-estar. E, surpreendentemente, 25% deles disse que preferiria perder o olfato do que ficar longe de seu próprio dispositivo. Parece que está mesmo na hora de equilibrar as coisas.
2) A tecnologia que aproxima, mas divide
Batizada originalmente de “The Tech Divide”, essa tendência mostra que, embora a tecnologia seja onipresente, muitas pessoas ainda não sabem como usá-la. Na onda do detox digital, a ideia é fazer escolhas mais inteligentes sobre seu uso e aplicá-la como agente de transformação da sociedade.
O relatório mostra, por exemplo, que 44% dos homens entrevistados têm medo da inteligência artificial e que 57% dos millennials, jovens nascidos no início dos anos 2000, acreditam que ela será mais poderosa do que a mente humana em menos de dez anos.
Paradoxalmente, a inteligência artificial pode agir para o bem do planeta. Como exemplo, o relatório cita iniciativas que usam a tecnologia para monitorar pesca ilegal, realizar procedimentos médicos e combater o crime.
3) Em busca da própria identidade
Somos o que vestimos, comemos, falamos e fazemos. Na era das redes sociais, essa máxima é mais verdade do que nunca. Mas quão grande é o gap entre a imagem que projetamos e o que realmente somos? Para 84% dos entrevistados, as pessoas pintam um retrato online de si melhor do que a realidade.
Por outro lado, esse cenário parece estar mudando. Entre os mais jovens, como indica uma pesquisa realizada pela AwesomenessTV, 69% dos adolescentes dizem que mostram seu verdadeiro eu nas redes sociais, enquanto 61% tentam mostrar a melhor versão possível de suas vidas. Já 58% creem que é mais fácil ser verdadeiro online do que no mundo real.
4) O trabalho é a vida, e ele tem que ser melhor
Trabalho remoto, home-office, aplicativos de gerenciamento de tarefas. Se o limite entre trabalho e vida pessoal está cada vez mais tênue, em contrapartida as pessoas esperam cada vez mais que o ambiente de trabalho atenda às demandas de saúde física e mental de seus colaboradores. O impacto é na produtividade, mas também na saúde pública.
E realmente trata-se de uma tendência inevitável, uma vez que estamos mais estressados do que nunca. Uma pesquisa do Serviço Nacional Britânico de Saúde mostrou que um em cada três atestados médicos é dado por motivos como estresse, ansiedade e depressão. Não é à toa que 84% dos entrevistados acreditam que o trabalho deveria oferecer dias livres para cuidar da mente como parte dos benefícios.
5) Eco-momentum
A maioria dos consumidores quer progressos em nome da conservação do planeta. Mas nem todos sabem como contribuir e, por isso, uma das tendências em 2019 é o aumento na busca de informações sobre como diminuir a pegada ambiental deixada por cada um de nós.
Neste contexto, faz todo sentido o raciocínio de que crescerá o interesse por marcas que abraçam a causa da sustentabilidade e ensinem a mudar hábitos. Na pesquisa, a Ford viu que 63% dos brasileiros costuma considerar o custo ambiental de cada produto antes de comprar. Tendem a sentir esse efeito positivo indústrias veganas, produtos vegetarianos e lojas com poucas embalagens.
Confira o relatório na íntegra aqui.
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